segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O Topete

Bom, hoje vou contar uma história do Pedrinho, um amigo dos tempos da escola. Pedrinho era um sujeito boa pinta, cabelo que esbanjava um sisudo topete “à la Elvis”, o que encantava as meninas da escola, que suspiravam apaixonadas ao vê-lo passar por elas e dizer aquele oi de galã de novela.

Não era magro nem gordo, media cerca de metro e setenta, tinha um sorriso que derrubava as meninas, mas fora isso, era comum. O que encantava as mulheres era o topete mesmo.

Bom, esse era o Pedrinho. Mas o Pedrinho tinha uma paixão secreta. Isso mesmo, ele, o conquistador, o arrebatador de corações, o insuperável Pedrinho caía de quatro assim que avistava ela. Ela, no caso, era a Lurdinha.

Cara, a Lurdinha só era “inha” no nome mesmo. Ela era linda, com seus cabelos louros cacheados, olhos azuis, mas de um azul que fazia o céu passar vergonha. Seu nariz tinha o formato perfeito, aquele não muito grande nem pequeno, mas no tamanho certo.

Sua boca então, que boca. Tenho desconfiança que a Angelina Jolie fez uma plástica para ter a boca igual a da Lurdinha, mas ainda não tenho certeza. Bom, continuando, seu pescoço faria o Conde Drácula ter sonhos proibidos com aquele pescoço.

Seu corpo era mais desenvolvido que o das meninas da época. Coisa de hormônios, creio eu. Já tinha curvas, e isso era algo raro, pois as meninas demoravam mais para ter suas curvas definidas. E para arrebatar, os pezinhos dela, números 34, eram o toque final que o criador havia dado para sua mais bela criatura.

Bom, como eu dizia, o Pedrinho era loucamente apaixonado por Lurdinha. Mas não conseguia chamar a atenção de sua amada, pois ela simplesmente ignorava-o. ela passava por ela todo sorridente, ajeitava o topete, abria aquele sorriso, e caprichava no oiiii. E ela nem tchum pra ele.

Isso deixava-o ainda mais intrigado. Ele podia ter qualquer menina da escola, menos ela. Menos Lurdinha, que era a única que ele realmente queria. Mas não podia continuar desse jeito, ele iria tomar uma atitude, não era possível ela ignorá-lo completamente. E foi aí que resolveu conversar com ela.

Foi numa tarde ensolarada de setembro que ele encheu o peito de coragem, passou seu melhor perfume, chegou para ela e pediu se podiam conversar. Ela olhou com cara de desleixo, disse aquele sim meio sem graça e olhou para ele.

Com o coração quase saltando pela boca, ele começou a falar, ou melhor, gaguejar para ela:

- Lu, Lu, Lurdinha, é que eu... bbeem, eu so, so, souu apaixonadoo, ppppor você, e pepepepensei...

Nisso ela olhou para ele, de cima a baixo, e levantando-se falou:

- Não gosto do Elvis...

Cara, a vida do Pedrinho desmoronou. Ele cortou o topete, para desespero das meninas da escola. Apareceu com um corte normal, e pela primeira vez em sua vida Lurdinha passou e lhe disse oi. A partir daí, ele começou a se aproximar de sua amada e acabaram namorando. E noivando. E casando.

Ou seja, ele abriu mão de todas as mulheres que podia conquistar por uma só. Abriu mão do seu amado cabelo por ela, a Lurdinha. Mas fazer o que, ele amava ela. E o amor às vezes é complicado. Eu mesmo, nesse momento, não paro de pensar na....

Bom, deixa pra lá, isso não vem ao caso...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A tal da “Lei Seca”

Desde o dia 20 de junho de 2008, o Brasil está proibido de beber e dirigir, não necessariamente nesta ordem. Entrou em vigor a tal da “Lei Seca”, que não permite qualquer motorista de ser flagrado dirigindo bêbado.

Mas quem são os reais punidos com essa proibição? Os atingidos se multiplicam a cada dia, entre eles donos de bares e restaurantes, revendedores de bebidas, etc. Mas penso eu que a classe mais atingida por essa proibição sejam as mulheres feias.

Não que isso seja uma espécie de exclusão, ao contrário, estou lutando ao lado delas. Pois com a lei seca, quem fica na seca são as mulheres feias! Quando embriagado, um homem perde a noção dos seus atos e principalmente não distingue a beleza entre as mulheres ao seu redor...

Isso é comprovado cientificamente (eu acho), além de manifestado em frases conhecidas (não existe mulher feia, você é que bebeu pouco), ou seja, é verdadeiro. Então, com a diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas por parte do homem, quem acaba prejudicada é aquela mina feia, que vai à balada na esperança de encontrar um bonitão embriagada para dele se apoderar e com ele realizar loucuras sexuais dignas de serem descritas em livros e filmes holiwwodianos, mas acaba vendo seu sonho desfigurar-se ao perceber que os homens já não bebem como antes, e já não se deixam levar pelas feiúras disfarçadas entre um copo e outro de cervejas e whiskys.

Assim, quem lidera os movimentos pedindo a anulação da Lei Seca não é o sindicato de donos de bares e restaurantes, mas sim o Movimento das Mulheres Feias. E convenhamos, com todo direito. Por dois motivos: primeiro, pois toda pessoa tem direito a amar e ser amada, e segundo porque as feias são necessárias à humanidade. Quem nunca pegou uma mina feia e depois virou motivo de piada na roda de amigos? E também é sabido que rir é o melhor remédio. Logo, pegar mina feia se torna prazeroso aos amigos, e o que importa é fazer o bem, não importa a quem... Até porque um dia será seu amigo que pegará uma baranga, e será sua vez de rir...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A função de um padrinho

Bom, para quem não sabe, sou padrinho de uma menina de 1 ano e sete meses, filha de meu irmão com sua esposa. Linda ela, por sinal. Puxou ao dindo, creio eu. Mas o caso não é esse, e sim um questionamento que venho me fazendo há alguns dias: qual a função de um padrinho???
Cara, é muito grande a emoção de ser chamado de “Di”, que é como ela chama os dindos dela, mas afora isso ainda tenho dúvidas quanto ao meu papel na formação de pequena Julinha. Há alguns dias, a escolinha dela realizou uma homenagem ao dia dos avós, e minha mãe e meu pai foram lá, todo orgulhosos, e receberam lembranças e foram homenageados e voltaram babando. E vou confessar que senti uma ponta de inveja deles, pois ao pesquisar na internet descobri que NÃO existe um “Dia do Padrinho”.
Caraca, como que pode esse importante personagem na infância não ter um dia para ser homenageado? Ou a real função do padrinho é dar presente e ser um “estepe” no cuidado das pequenas e frágeis crianças quando nenhuma outra pessoa encontra-se disponível para isso? Realmente é algo para se pensar, visto que eu mesmo não lembro de ter feito alguma homenagem ou reconhecimento aos meus padrinhos... Vamos criar um movimento mundial de reconhecimento aos padrinhos! Estipularemos a data de hoje como Dia Mundial do Padrinho e/ou Madrinha! Padrinhos e madrinhas do mundo, nossa classe não poder ser oprimida. Devemos lutar por nossos direitos e... opa, tá na hora de cuidar da Julinha... A rebelião fica para outra hora, preciso atender as necessidades da pequena afilhada, para que ela não se torne rebelde. Tomara que não puxe ao dindo neste sentido...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Este corpo tem dono*

Aconteceu há alguns dias no Brasil. Pra variar, as coisas mais esdrúxulas acontecem aqui. Alguns amigos resolveram fazer um “bacanal” e puseram em prática este genial plano. Daremos nomes aos bois. Fictícios, óbvio. Não queremos manchar a honra de tão nobres senhores. José e Pedro, apenas dois já desenham esta história. Nomes comuns, nada a ver com o caso.
Pois então José e Pedro resolveram por em prática sua fantasia, chamaram algumas moçoilas da sociedade e partiram para a gandaia. Mas acontece que ambos beberam demais e Pedro olhou para João de uma forma que nunca havia notado antes. Descrevo abaixo o que suponho tenha sido o diálogo entre os dois.
Pedro: Puxa João, nunca (ic) havia reparado...
João: No que, rapaz?
Pedro: Neste ângulo de visão que tenho, você me faz lembrar minha primeira namorada...
João: Não tô te entendendo...
Pedro: Você tem uma bundinha linda...
João: Hanmm???
Cortamos a conversa neste ponto, pois ficaria imprópria para o horário. Após este breve diálogo, João não resistiu à força do álcool e apagou. E neste momento Pedro percebeu que era o instante que ele havia esperado a noite inteira. Aproveitou-se de seu “amigo” e purpurinou sua vida.
O que ele não esperava era que no outro dia o amigo se desse conta do que havia ocorrido e resolve partir para os apelos judiciais. A Justiça é Cega. Bêbado também, pois não enxergou o perigo da situação, mas isto não vem ao caso. Após alguns períodos de disputa judicial contra seu (presumo) ex-amigo, veio a sentença do Juiz. Um homem que participa deste tipo de “festa” deve estar pronto para o que der e vier. E que o orifício circular encontrado na parte ínfero-lombar do corpo, após a ingestão de grande quantidade de álcool, não tem dono...
Realmente uma situação como esta seria um tanto constrangedora. Mas discordo da decisão do juiz. Acho que uma “orgia” subentende-se que seja uma festa entre homens e mulheres, e não entre amigos. Se bem que amigo como este não é recomendável ter ao seu lado.
E não perca, na próxima semana, baseada nesta história, a lista dos Dez Cuidados que Devem Ser Tomados ao Participar de Uma Orgia.

(Texto escrito há aproximadamente 5 anos por mim)

As Dez Regras Básicas para Participar de um Swing

1Não confie em ninguém, mesmo sendo seu melhor amigo;
2Procure se posicionar em um canto da área onde a diversão estiver ocorrendo, para não ocorrer imprevistos, como o acontecido em fato já citado aqui;
3Caso decida participar de um swing, faça um rápido levantamento dos participantes, como local de trabalho, endereço, telefone, e principalmente opção sexual;
4Evite comentários como “cara, eu queria ter um desses...”. Eles podem ser mal-interpretados por quem estiver perto;
5Antes de iniciar a farra, observe ao seu redor, e mentalmente conte se o número de mulheres é o mesmo que o número de homens. Se for um número igual ou mulheres em maior número, pode participar sem medo. Agora, se o número de homens for superior, corra o mais rápido que puder, para evitar maiores complicações.
6Se algum dos participantes se aproximar de você com comentários do tipo “você vem sempre aqui”, ou “você é aberto a novas experiências”, acabe o que você estiver fazendo e dê o fora rapidamente. Risco de preocupação ou possível azaração por parte de um homem eminente;
7Vá com roupas discretas, para não chamar atenção. Cuecas de oncinha, ou ainda aqueles modelos justos não são os mais indicados. Podem despertar o desejo de alguns homens que optam pelos dois lados, podendo causar situações desagradáveis quando um deles mostrar aos companheiros que gostou da sua oncinha. O aconselhável neste caso é usar um samba-canção dos mais antigos, de preferência com bolinhas que ponham em dúvida seu bom gosto. É melhor prevenir do que processar.
8Espalhe entre os participantes boatos sobre sua saúde, podendo até mesmo alertar dizendo que você tem hemorróidas. Isto pode evitar que alguns engraçadinhos tentem invadir seu espaço, alegando trocas de casais;
9Controle o nível alcoólico que você está. Uma grande dose de álcool prejudica seu desempenho, além de propiciar uma chance para alguém abusar da sua embriaguez para satisfazer os seus mais secretos e sacanas desejos;
10A última, porém não menos importante dica: se mesmo após todos estes alertas, você ainda sofrer algum abuso por parte dos freqüentadores destas “festinhas”, nunca, jamais entre na Justiça pedindo indenização por danos morais. O que você não espera é a dimensão que esta notícia poderá tomar. Algo como uma manchete nos principais jornais do Brasil, noticiários, coisas assim...Portanto tome cuidado ao entrar em uma dessas festas, para não acabar na boca do povo. Ou para que, literalmente, “o tiro não saia pela culatra...”.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Elevadores...

Tenho medo de elevadores. Pronto, falei. É sério, não estou fazendo onda, cada vez que entro num elevador fico tenso. Não sei o porquê, acho que tenho medo que ele caia, talvez um medo de ficar preso dentro dele, ou talvez pense que são naves alienígenas prontas para nos levar para Marte... Está bem, exagerei, mas é mais ou menos isso...
Mas como tudo na vida tem seu lado bom, penso também em como seria ficar preso no elevador com aquela vizinha do andar de cima, loira, corpinho escultural, tudo em cima, e ela apavorada abraçando-se em você para se proteger... Mas, e há sempre um mas em tudo, penso em como seria no meu caso. Aquela vizinha, a mesma, e de repente o elevador pára. Quando ela pensar em se proteger em mim, estaria eu agachado, tremendo de medo... Acho que não deixaria uma impressão muito boa.
Então resolvi enfrentar meu medo. Entro em todos os prédios que possuem elevadores, inclusive esses modelos novos, que para mim são supersônicos, tal a velocidade com que sobem e descem, até os mais antigos, que cada vez que alguém entra range que nem porteira velha. E tenho inclusive testado uma das minhas teorias, de que se você está acompanhado no elevador o medo é menor. No meu caso é. Quando estou sozinho no elevador, sem ninguém para conversar, fico escutando uns estalos que nunca descobri de onde vêm, e parece que já vai desmoronar tudo, e já imagino as manchetes dos jornais no dia seguinte: “Jovem despenca em elevador. Causa desconhecida”. Dá medo.
Um dia, por mais embaraçoso que fosse, entrei em um elevador do prédio do meu médico, e ao me dar conta que estava sozinho, segurei a porta aberta até aparecer alguém que pudesse entrar. Ninguém no prédio. Vem o guardinha da recepção e pergunta se estou com algum problema. Tenho. Medo. Pavor. Pânico. Mas digo que não, aperto o andar desejado e mais uma vez parto na nave alienígena para enfrentar meu medo. Sem perspectivas de vitória.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Churrasco, pastel e gostosuras

Certo dia um amigo, em uma dessas conversas em mesas de bar, que o sujeito nunca confirma o que falou, mas também nunca nega, me confessou que já havia traído a sua esposa. E me abriu os olhos para um detalhe que eu nunca havia percebido: a maioria das amantes é muito mais bela que as esposas “originais”. Eu questionei o motivo e ele acrescentou dizendo que, se ele tivesse uma esposa maravilhosa em casa, nunca precisaria traí-la.
E ainda usou um exemplo no mínimo diferente: “estava acostumado a comer churrasco, e queria comer um pastel para me lembrar do gosto que ele tinha”. E ainda acrescentou que isto era bom para ele lembrar o quanto ele gostava de seu churrasquinho...
Então vai ser assim: a partir de agora, o “churrasco” é a esposa, e o “pastel” é a amante. Grande parte dos homens (se eu disser que são todos minha situação não será muito agradável) já provou um pastelzinho de feira. Aquele pastel fresquinho, feito na hora, gostinho novo, excelente para o seu “paladar aguçado”.
Mas também vale ressaltar que não há nada como o seu churrasquinho de domingo, tradicional, que você já sabe o gosto de cor e salteado, mas nunca enjoa de comer. E muitos homens sonham com a oportunidade de, um dia, poder comer o seu churrasquinho como prato principal e logo após, em seguidinha, o seu gostoso e fresquinho pastel. Chega a dar água na boca...
Agora, uma coisa que nunca um homem imagina, nessa conversa, é de fazer um churrasco com os amigos...

Outros Olhos

Outro dia estava conversando comigo mesmo, sabe aquelas conversas com o seu “eu interior”, e cheguei a conclusão que sou apaixonado por mulheres que usam óculos. Mas não todas. Existem mulheres que simplesmente nasceram para usar óculos. Outras nem tanto. Imagine (ou tente imaginar) a Marília Gabriela sem óculos. Ela é, sem dúvida, uma das mulheres que fazem dos seus óculos um charme pessoal. O jeito, a classe com que ela coloca seus óculos me deixa vidrado. Ela simplesmente é a melhor dentre as mulheres no quesito. Acho que agora entendo o porque do Gianechini ter sido tão apaixonado por ela. Eu também seria se a visse diariamente, colocando e tirando seus lindos óculos. É esse tipo de mulher que estou falando, aquelas em que os óculos fazem parte da pessoa, ou como diria um amigo meu, “os óculos são parte da personalidade de uma mulher”.
Usar óculos com estilo, como a Gabi, é coisa para poucas mulheres, pois até me atrevo a dizer que os rostos destes exemplares femininos foram moldados para usarem óculos. Agora, assim como para algumas os óculos ficam maravilhosos, em outras ele mais parece um corpo estranho. Muitas usam estes novos óculos, meio quadrados, e não tem nada a ver com os seus rostos. Outras usam aqueles meio antigos, igualmente fora da geometria do seu rosto.
Por isso, mulheres e óculos devem se completar, um ser parte do outro, como se um não pudesse viver sem o outro. Já conheci várias mulheres que enquanto usavam óculos eram lindas, maravilhosas... Mas assim que o tiravam, seus olhos miudinhos assustavam, e toda aquela beleza acabava. Assim como também já conheci mulheres interessantíssimas, corpo bem desenhado, daquelas que parecem modelos, mas quando olhava o rosto delas sentia a falta de algo: os óculos. E aí ficava a imaginar como seriam estas mulheres de óculos. Algumas poderiam ficar lindas, mas em outras não achava nenhum capaz de se adaptar ao seu rosto. E para mim, estas mulheres passavam a ser menos atraentes.
Tem também o fato de uma mulher de óculos parecer mais comportada, ter aquele jeito de estudante... e todo homem tem uma “fantasia” com as estudantes. Pode parecer besteira, mas é a mais pura verdade. Todo homem que se preza já sonhou com uma mulher vestida de estudante, estilo a Kelly Key naquele clip dela, com óculos, inclusive. Assim, pode se dizer que grande parte dos homens tem um “fetiche” por mulheres estudantes, logo, pelos seus óculos também.
Mas isso não quer dizer que as mulheres devam se desesperar, e chegar em casa dizendo: vou botar óculos... Não é bem assim, em primeiro lugar precisa analisar seu rosto pra ver se ele aceita óculos, se tornando parte um do outro, como a unha e a carninha debaixo dela, que quando se separam fazem correr lágrimas dos olhos. A mulher de óculos é assim, quando está sem seu adorno facial, faz correr lágrimas dos olhos de muitos marmanjos. Inclusive dos meus.

Beijos

Resolvi falar sobre o beijo, a mais antiga forma de demonstração afetiva entre duas ou mais pessoas. Um beijo envolve toda uma significação, uma preparação do corpo para dar e receber afeto. Nada é como o primeiro beijo entre duas pessoas. Todo aquele clima, aquela expectativa, que pode ser ou não realidade. Tudo depende do beijo.
Sejamos realistas. Quantos relacionamentos já devem ter acabado por causa do beijo? Ou começado pelo primeiro beijo? É realmente algo para se pensar. Imaginamos a seguinte cena: um jovem casal encontra-se na Inglaterra antiga, em um dos bailes reais. Toda aquela dança, a conquista, a sedução por parte do homem, a pureza por parte da mulher. Então, os dois enamorados fogem sorrateiramente para um encontro no jardim do palácio. Sob a luz do luar os pombinhos trocam seu primeiro beijo. Um desastre. Ele tem mau-hálito, ela não sabe o que fazer, e o que era para ser um conto de fadas, ou no mínimo um filme ganhador de Oscars, acaba por causa do beijo.
Vamos agora a uma outra cena: baile funk carioca, favela da Rocinha, Brasil da atualidade. Entre todas as atividades ilícitas praticadas neste local, balas perdidas cruzando o salão de festa, dois jovens atraentes se encontram. Depois de um breve olhar, os dois se lançam à um beijo caliente como o mais romântico das novelas. Tudo perfeito, apesar das adversidades enfrentadas, e os dois apaixonam-se. Casam-se e procriam-se. Uma vida começada por um bom beijo.
Recentemente li em um jornal que a atriz fenomenal Juliana Paes não usa beijo técnico. Ela sempre beija como na vida real. Quantos atores já não viram-se tontos diante da beleza da atriz global e do seu beijo natural, sem truques da telinha? Imagino-me ator, beijando ela. Sairia de cena no mínimo babando. E apaixonado.
O beijo é mais intimo que o próprio sexo. Prova disso é que as moças que trabalham na noite não beijam seus clientes. “Muito íntimo”, dizem. Mas a verdade é que elas podem encontrar um beijo apaixonante, e a elas não se permite apaixonar. É a vida.
Mas nem tudo está acabado. Acabo de ver no jornal que o Governo Federal lançou uma cartilha sobre o beijo. Preparam-se jovens de outros países: logo, logo o Brasil será o país do melhor beijo do mundo. Ensinado por cartilhas. Afinal, o beijo é também uma linguagem universal. A linguagem do amor.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ela...

Bom, hoje resolvi escrever sobre ela... Cara, pra quem não sabe quem é ela, vou dar uma dica: é a pessoa em quem eu tenho pensado nos últimos três meses de minha existência. Talvez mais, mas nos últimos três meses foi aumentando, saca, que nem os impostos que aumentam a cada dia. Pior que se eu tivesse que pagar imposto cada vez que eu penso nela, tava ferrado...
Bom, voltando ao assunto, ela é linda. Mais do que linda, é quase perfeita, eu diria. E quando ela sorri, cara... que sorriso. Capaz de arrebatar qualquer coração desavisado, que por intermédio dos olhos avista aquela boquinha pequena, mas carnuda, que me faz morrer de vontade de beijá-la novamente. E falando em olhos, os olhos dela, então, não têm comparação. São castanhos, com um brilho tão intenso que parecem carregar a lua dentro deles. Tal qual o refrão da música “por certo que o pintor do universo, quando fez, a imagem tua, roubou um pedacinho dos teus olhos, pra por no céu, no lugar da lua...”. E diria mais, diria que todas as coisas belas do mundo foram inspirados nela, pois nada que eu veja me parece mais encantador e lindo que ela.
Tá bom, parece conversa de apaixonado e talicoisa... Mas é que de uns dias pra cá, não consigo mais tirar ela da minha cabeça. Sabe quando você sente que seria capaz de fazer qualquer coisa para ficar com uma pessoa? Se ela me falasse: oukei beibi, fico com você, mas atravesse o deserto do Saara com roupa de inverno. Caraca, iria assobiando e cantarolando uma música que me fizesse pensar nela. Ou se por acaso me mandasse tomar banho de sol no Alaska, moleza... Com certeza valeria a pena, pois é ela, sacas...
Ela é aquela pessoa que é capaz de transformar meu dia apenas com um sorriso, com um simples “oi”. E quando eu não a vejo, cara, que agonia. Parece que falta algo no meu dia, sei lá, fico meio perdido, sem saber direito o que fazer. E vem aquela sensação de que eu devia ir lá, bater na porta, olhar bem para ela e lascar aquele tradicional: “mina, sou louco por ti, patati, patatá, quero ficar contigo, é só em ti que penso e talicoisa...”. Mas é aí que esbarro. Tenho medo de falar pra ela. Tudo bem, é estranho assumir que tenho medo de falar com a pessoa que quero do meu lado. Mas não é medo dela. É o medo de perder ela. Medo de chegar, falar tudo e ouvir aquele tradicional “não sinto o mesmo por você”. É esse o meu medo. Por isso prefiro ficar assim, calado, mas tendo ela por perto, do que me arriscar a perdê-la. Isso sim seria insuportável...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Sono...

Bendito seja o descanso. Maldita sejam as noites que não se dorme direito. Agora mesmo, nesse exato momento, estou me agitando na cadeira, torcendo para não ser vencido pelo cansaço e cair em profundo e agradável sono, correndo o sério risco de ser flagrado pelo chefe, e enquadrado nos rígidos e irremediáveis códigos de disciplina da empresa.
Mas o que causa o sono? Outrora, as festas juvenis e adolescentes, que varavam noites de mais puro prazer e sensações de liberdade, nos fazendo retornar ao recôndito do lar de manhã cedinho. Com o sol já a pino, sempre seguindo as instruções da mãe, que orientava a não voltar tarde. Naquela época, era normal ter sono pela manhã, e mesmo assim, o sono que eu sentia não era a metade do que hoje possuo, sendo que nesta noite fui de encontro à minha querida e amada cama exatamente às 03h.
Alguns anos mais tarde, já passando da fase adolescente de minha vida, notava que aos poucos perdia minha resistência ao cansaço. Quando as festas se estendiam um pouco mais, meu corpo já sentia os efeitos da balada. Na manhã seguinte, era um sacrifício colocar meu corpo em movimento. A mente até tentava, mas a carne resistia, e nada de movimento.
Mas o tempo passa, e o sono aumenta. Hoje, alguns dias de trabalho mais puxado me deixam em um estado sonífero de dar pena. O raciocínio não vem, o mal-humor impera. Sim, o mal-humor é causado essencialmente pelo sono. Você já viu alguma pessoa que está mal-humorada não se queixar de sono? Nem eu...
Por isso que eu digo: durma bem, que é o essencial para uma vida saudável. E se por acaso você acordar como eu acordei hoje, brigando com a cama para conseguir levantar, uma dica. Se seu chefe lhe flagrar dormindo, seja rápido e tenha uma desculpa na ponta da língua. Ou faça como eu, que tirei um leve cochilo agora, e ao ser abordado, aleguei que estava me concentrando para encontrar um final decente para esta história, que de tão enrolada me deixou ainda com mais sono...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sexo enjoa?

Recentemente, em conversa com um amigo que prefere não se identificar, fui surpreendido com a afirmação saída da boca do mesmo, como se fosse a sentença de um juiz sobre um pobre e inoperante réu condenado à morte por um crime hediondamente cometido: o sexo diminui após o casamento...
Cara, isso me fez viajar na maionese. Como é que pode, se depois de casar o cara tem acesso gratuito e 24h ao parque de diversões sonhado durante boa parte da adolescência... Não pode ser verdade, pensei. Vai ver é um exagero, o cara devia ser acostumado com vários e inúmeros coitos diários, se refestelando nas carnes tenras e sedosas da amante, com direito a uivos e urros prazerosos. Como pode isso diminuir?
A explicação pareceu-me um tanto aceitável. Com o casamento, o aumento das responsabilidades, contas a pagar, algumas vezes os filhos para criar, tudo isso aliado à já outrora mencionada “rotina”, vai desgastando o apetite sexual do casal. Ou seja, a rotina afeta o casal!
Consultei o dicionário. Rotina: caminho já trilhado e sabido; hábito de fazer as mesmas coisas ou sempre da mesma maneira.
Eureca! Então é isso. Não é que o casamento diminui o sexo, o que a causa é a mesmice imposta pelo dia-a-dia. Pensa bem. Você chega, dá um beijo de oi, vai pro banho, liga a televisão, janta, assiste o jornal, e decide dormir. Vai deitar e a patroa já vem com aquele sorriso malicioso. O instinto natural do homem já o avisa sobre as intenções sexuais daquele sorriso, e você já começa a imaginar o que virá em seguida... E é exatamente aí que mora o perigo. Logicamente, quando o casal começa a copular, é um mundo totalmente desconhecido para ambos. Os corpos não se conhecem, e buscam o encaixe perfeito para proporcionar o maior e mais sensacional prazer registrado na história da humanidade. E isso nos leva para o mundo das descobertas, que fascina e encanta a cada dia, pois a simples descoberta de uma pinta ou cicatriz em alguma parte do corpo da parceira é excitante.
Já para o casado, isso deve ser diferente. Creio eu que seja, ou toda esta teoria desenvolvida até agora não teria efeito. O casado, antes do sexo, deve pensar mais ou menos assim: “vou lá, dou uns beijos, abraços, algumas carícias e talicoisa, depois nos rendemos aos prazeres da carne e pronto”. Ou seja, ele não espera coisas novas, pois conhece totalmente o caminho que deve percorrer na amada. Conhece todos os percalços do caminho, os atalhos para a chegada ao destino final, enfim, tudo o que é possível conhecer.
Fiquei pensando sobre isso. Realmente deve ser enjoativo. Mas nada é tão ruim que não pode piorar, como dizem os pessimistas. O solteiro enfrenta um problema tão grande quanto o casado. Enquanto os casados afirmam que o sexo diminui após o casamento, os solteiros imaginam que casamento é garantia de sexo. Ou seja, esse será continuamente um dos mistérios da humanidade, tal qual a dúvida sobre o que veio antes, o ovo ou a galinha. O que é pior, a rotina do casamento sem sexo, ou a dúvida do solteiro com medo de ficar sem sexo? Difícil saber...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Perfumes

Semana passada, estive fazendo uma matéria sobre perfumes. Uma das melhores que fiz até hoje, diga-se de passagem. Não pela qualidade final dela, mas pela quantia de aromas que experimentei, com estas narinas que a terra há de comer um dia, espero que distante. Para se ter uma idéia, descobri que existem três estágios quando se passa um perfume. Oras bolas, como eu vivi até hoje sem saber disso???
O primeiro estágio é quando se inala o perfume pela primeira vez. Aquele aroma maravilhoso, reconhecido pelo seu olfato como uma das sete maravilhas do mundo moderno, capaz de fazer você ter delírios e gozos de prazer. O segundo estágio ocorre nas próximas duas horas, quando você ainda sente aquele aroma encantador, mas aos poucos ele diminui, parece esvair-se pelo vento. E o terceiro estágio é o definitivo, onde o verdadeiro aroma do perfume aparece, colocando suas garras em sua pele e prendendo-se em você durante o restante do dia.
Fiquei fascinado ante tantas informações. Mal sabia eu que existia um estágio para o perfume, quiçá dois, nunca sequer cogitei três estágios. Mal comparando, os estágios do perfume em sua pele parece um relacionamento. Pense comigo.
Primeiro estágio, o encantamento: Assim como o perfume, o encantamento é o primeiro estágio do relacionamento. Tudo é maravilhoso, o coração dispara, as bocas se encontram em beijos calientes, apaixonados e tudo o mais que sua imaginação descreve para seu cérebro agora. Você sente que nasceram um para o outro, ela é a pessoa mais perfeita do mundo, talvez do universo, e você diz para todos ter encontrado sua cara-metade.
Segundo estágio, a rotina. No perfume, você vai aos poucos se acostumando com o odor. No relacionamento, você vai aos poucos se acostumando com a companheira. Ainda pensa ter escolhido a pessoa certa, mas todo aquele encantamento parece diminuir a medida que o tempo passa. É a rotina, cá pra mim a maior destruidora de lares do mundo moderno.
Enfim, vem o terceiro estágio. O mais cruel dos estágios, o que pode decidir se você escolheu o perfume certo, ou a pessoa certa. Assim como no aroma, leva-se um tempo para descobrir as verdades sobre a companheira. Aquela mulher linda, maravilhosa, estonteante, que o encantava, aos poucos parece enlouquecê-lo. Assim como com o aroma, que não é nem de perto aquele que você cheirou assim que tocou sua pele e o encantou, você descobre novas emoções também no relacionamento. Aquela mulher que à primeira vista o encantou, nem de longe lembra essa que no domingo pára em frente à sua televisão para discutir o relacionamento, ou pede para trocar de canal, pois ela não gosta de futebol.
Por isso, é importante, tanto no perfume quanto no relacionamento, ter certeza quanto ao que se quer. O seu perfume fará parte de sua identidade, pois segundo estudos uma pessoa, ao sentir o aroma idêntico ao de seu perfume,irá rapidamente associá-lo a você. Assim como seus amigos saberão que o joguinho de futebol melou quando ligarem para seu celular e sua companheira atender. Coisas do cérebro, esse pensador danado.
Mas isso não impede você de sair por aí, experimentando novas fragrâncias em lojas especializadas. Nem de procurar por sua fragrância especial, aquela que completará o aroma de seu coração. Mas não se deixe abater pela rotina, essa maldita destruidora de lares. Abra suas narinas e seu coração e procure seu perfuminho especial.

A banalização do “Eu te amo”

Hoje em dia tudo está mudado, é verdade. A humanidade está evoluindo, dizem os estudiosos. Os mais céticos acreditam que tanta mudança indica o final dos tempos, com a chegada do Juízo Final. As crianças deixam de ser crianças antes mesmo de aprenderem o que é ser verdadeiramente uma criança.
Computadores, IPod’s, MP3 e MP4, vídeos-game, televisão de alta definição, etc... São tantas tecnologias à nossa disposição que às vezes esquecemos de como fazer as coisas mais simples e banais de nosso cotidiano. Um simples bom dia ao passar por uma pessoa na rua, ou o costume de pedir a bênção aos mais velhos antes de dormir. São poucas as pessoas que ainda mantêm esses costumes, e as que o mantêm acabam sentindo-se deslocadas nesse mundo “moderno”.
Mas nada chama tanto minha atenção quanto à banalização do “Eu te amo”. São apenas três palavras, é verdade, mas que já foram o ápice de um relacionamento. Meninas-moças sonhavam encontrar um companheiro que um dia lhes dissesse, segurando em suas mãos e olhando-lhes no fundo dos olhos um “eu te amo”, mas não apenas da boca para fora, e sim algo que viesse de dentro do peito, que pareceria ser a voz do coração.
Hoje não é mais assim. É algo como um oi para os dias modernos. Jovens que mal se conhecem já usam essa frase, que já foi o tema de filmes, novelas e seriados. Usam em seus MSNs nomes seguidos do “eu te amo”, mas uma semana depois o nome diante da frase já é outro. Coisa muito comum nos dias de hoje. É a evolução. Creio que o coração desses jovens deve evoluir tanto quantos os computadores, qual sua capacidade de gerar e terminar esses amores relâmpagos.
E não é só em relações amorosas. Outra prática comum são amigas dizendo que se amam, que serão amigas para sempre e alguns dias depois nem se olharem mais na cara... Os tempos modernos são estranhos...
Sinto saudades da minha infância. Lembro que tinha horário para entrar, para fazer lições da escola, para ajudar a mãe com as tarefas domésticas. Mas a evolução mudou tudo, até as mães mudaram. Não são mais aquelas mães que esperavam os filhos voltarem da escola para lhes pedir como foi a aula. Hoje as mães não vêem a hora dos filhos irem para a escola. Tempos modernos.
Enfim, acho que devemos nos adaptar aos tempos, senão ficaremos para trás. Então baseado no que vejo e ouço por aí, Eu Amo Todos Vocês!!! Seremos Amigos para Sempre... Mesmo que não nos conheçamos pessoalmente... São os tempos modernos...