quinta-feira, 17 de julho de 2008

A função de um padrinho

Bom, para quem não sabe, sou padrinho de uma menina de 1 ano e sete meses, filha de meu irmão com sua esposa. Linda ela, por sinal. Puxou ao dindo, creio eu. Mas o caso não é esse, e sim um questionamento que venho me fazendo há alguns dias: qual a função de um padrinho???
Cara, é muito grande a emoção de ser chamado de “Di”, que é como ela chama os dindos dela, mas afora isso ainda tenho dúvidas quanto ao meu papel na formação de pequena Julinha. Há alguns dias, a escolinha dela realizou uma homenagem ao dia dos avós, e minha mãe e meu pai foram lá, todo orgulhosos, e receberam lembranças e foram homenageados e voltaram babando. E vou confessar que senti uma ponta de inveja deles, pois ao pesquisar na internet descobri que NÃO existe um “Dia do Padrinho”.
Caraca, como que pode esse importante personagem na infância não ter um dia para ser homenageado? Ou a real função do padrinho é dar presente e ser um “estepe” no cuidado das pequenas e frágeis crianças quando nenhuma outra pessoa encontra-se disponível para isso? Realmente é algo para se pensar, visto que eu mesmo não lembro de ter feito alguma homenagem ou reconhecimento aos meus padrinhos... Vamos criar um movimento mundial de reconhecimento aos padrinhos! Estipularemos a data de hoje como Dia Mundial do Padrinho e/ou Madrinha! Padrinhos e madrinhas do mundo, nossa classe não poder ser oprimida. Devemos lutar por nossos direitos e... opa, tá na hora de cuidar da Julinha... A rebelião fica para outra hora, preciso atender as necessidades da pequena afilhada, para que ela não se torne rebelde. Tomara que não puxe ao dindo neste sentido...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Este corpo tem dono*

Aconteceu há alguns dias no Brasil. Pra variar, as coisas mais esdrúxulas acontecem aqui. Alguns amigos resolveram fazer um “bacanal” e puseram em prática este genial plano. Daremos nomes aos bois. Fictícios, óbvio. Não queremos manchar a honra de tão nobres senhores. José e Pedro, apenas dois já desenham esta história. Nomes comuns, nada a ver com o caso.
Pois então José e Pedro resolveram por em prática sua fantasia, chamaram algumas moçoilas da sociedade e partiram para a gandaia. Mas acontece que ambos beberam demais e Pedro olhou para João de uma forma que nunca havia notado antes. Descrevo abaixo o que suponho tenha sido o diálogo entre os dois.
Pedro: Puxa João, nunca (ic) havia reparado...
João: No que, rapaz?
Pedro: Neste ângulo de visão que tenho, você me faz lembrar minha primeira namorada...
João: Não tô te entendendo...
Pedro: Você tem uma bundinha linda...
João: Hanmm???
Cortamos a conversa neste ponto, pois ficaria imprópria para o horário. Após este breve diálogo, João não resistiu à força do álcool e apagou. E neste momento Pedro percebeu que era o instante que ele havia esperado a noite inteira. Aproveitou-se de seu “amigo” e purpurinou sua vida.
O que ele não esperava era que no outro dia o amigo se desse conta do que havia ocorrido e resolve partir para os apelos judiciais. A Justiça é Cega. Bêbado também, pois não enxergou o perigo da situação, mas isto não vem ao caso. Após alguns períodos de disputa judicial contra seu (presumo) ex-amigo, veio a sentença do Juiz. Um homem que participa deste tipo de “festa” deve estar pronto para o que der e vier. E que o orifício circular encontrado na parte ínfero-lombar do corpo, após a ingestão de grande quantidade de álcool, não tem dono...
Realmente uma situação como esta seria um tanto constrangedora. Mas discordo da decisão do juiz. Acho que uma “orgia” subentende-se que seja uma festa entre homens e mulheres, e não entre amigos. Se bem que amigo como este não é recomendável ter ao seu lado.
E não perca, na próxima semana, baseada nesta história, a lista dos Dez Cuidados que Devem Ser Tomados ao Participar de Uma Orgia.

(Texto escrito há aproximadamente 5 anos por mim)

As Dez Regras Básicas para Participar de um Swing

1Não confie em ninguém, mesmo sendo seu melhor amigo;
2Procure se posicionar em um canto da área onde a diversão estiver ocorrendo, para não ocorrer imprevistos, como o acontecido em fato já citado aqui;
3Caso decida participar de um swing, faça um rápido levantamento dos participantes, como local de trabalho, endereço, telefone, e principalmente opção sexual;
4Evite comentários como “cara, eu queria ter um desses...”. Eles podem ser mal-interpretados por quem estiver perto;
5Antes de iniciar a farra, observe ao seu redor, e mentalmente conte se o número de mulheres é o mesmo que o número de homens. Se for um número igual ou mulheres em maior número, pode participar sem medo. Agora, se o número de homens for superior, corra o mais rápido que puder, para evitar maiores complicações.
6Se algum dos participantes se aproximar de você com comentários do tipo “você vem sempre aqui”, ou “você é aberto a novas experiências”, acabe o que você estiver fazendo e dê o fora rapidamente. Risco de preocupação ou possível azaração por parte de um homem eminente;
7Vá com roupas discretas, para não chamar atenção. Cuecas de oncinha, ou ainda aqueles modelos justos não são os mais indicados. Podem despertar o desejo de alguns homens que optam pelos dois lados, podendo causar situações desagradáveis quando um deles mostrar aos companheiros que gostou da sua oncinha. O aconselhável neste caso é usar um samba-canção dos mais antigos, de preferência com bolinhas que ponham em dúvida seu bom gosto. É melhor prevenir do que processar.
8Espalhe entre os participantes boatos sobre sua saúde, podendo até mesmo alertar dizendo que você tem hemorróidas. Isto pode evitar que alguns engraçadinhos tentem invadir seu espaço, alegando trocas de casais;
9Controle o nível alcoólico que você está. Uma grande dose de álcool prejudica seu desempenho, além de propiciar uma chance para alguém abusar da sua embriaguez para satisfazer os seus mais secretos e sacanas desejos;
10A última, porém não menos importante dica: se mesmo após todos estes alertas, você ainda sofrer algum abuso por parte dos freqüentadores destas “festinhas”, nunca, jamais entre na Justiça pedindo indenização por danos morais. O que você não espera é a dimensão que esta notícia poderá tomar. Algo como uma manchete nos principais jornais do Brasil, noticiários, coisas assim...Portanto tome cuidado ao entrar em uma dessas festas, para não acabar na boca do povo. Ou para que, literalmente, “o tiro não saia pela culatra...”.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Elevadores...

Tenho medo de elevadores. Pronto, falei. É sério, não estou fazendo onda, cada vez que entro num elevador fico tenso. Não sei o porquê, acho que tenho medo que ele caia, talvez um medo de ficar preso dentro dele, ou talvez pense que são naves alienígenas prontas para nos levar para Marte... Está bem, exagerei, mas é mais ou menos isso...
Mas como tudo na vida tem seu lado bom, penso também em como seria ficar preso no elevador com aquela vizinha do andar de cima, loira, corpinho escultural, tudo em cima, e ela apavorada abraçando-se em você para se proteger... Mas, e há sempre um mas em tudo, penso em como seria no meu caso. Aquela vizinha, a mesma, e de repente o elevador pára. Quando ela pensar em se proteger em mim, estaria eu agachado, tremendo de medo... Acho que não deixaria uma impressão muito boa.
Então resolvi enfrentar meu medo. Entro em todos os prédios que possuem elevadores, inclusive esses modelos novos, que para mim são supersônicos, tal a velocidade com que sobem e descem, até os mais antigos, que cada vez que alguém entra range que nem porteira velha. E tenho inclusive testado uma das minhas teorias, de que se você está acompanhado no elevador o medo é menor. No meu caso é. Quando estou sozinho no elevador, sem ninguém para conversar, fico escutando uns estalos que nunca descobri de onde vêm, e parece que já vai desmoronar tudo, e já imagino as manchetes dos jornais no dia seguinte: “Jovem despenca em elevador. Causa desconhecida”. Dá medo.
Um dia, por mais embaraçoso que fosse, entrei em um elevador do prédio do meu médico, e ao me dar conta que estava sozinho, segurei a porta aberta até aparecer alguém que pudesse entrar. Ninguém no prédio. Vem o guardinha da recepção e pergunta se estou com algum problema. Tenho. Medo. Pavor. Pânico. Mas digo que não, aperto o andar desejado e mais uma vez parto na nave alienígena para enfrentar meu medo. Sem perspectivas de vitória.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Churrasco, pastel e gostosuras

Certo dia um amigo, em uma dessas conversas em mesas de bar, que o sujeito nunca confirma o que falou, mas também nunca nega, me confessou que já havia traído a sua esposa. E me abriu os olhos para um detalhe que eu nunca havia percebido: a maioria das amantes é muito mais bela que as esposas “originais”. Eu questionei o motivo e ele acrescentou dizendo que, se ele tivesse uma esposa maravilhosa em casa, nunca precisaria traí-la.
E ainda usou um exemplo no mínimo diferente: “estava acostumado a comer churrasco, e queria comer um pastel para me lembrar do gosto que ele tinha”. E ainda acrescentou que isto era bom para ele lembrar o quanto ele gostava de seu churrasquinho...
Então vai ser assim: a partir de agora, o “churrasco” é a esposa, e o “pastel” é a amante. Grande parte dos homens (se eu disser que são todos minha situação não será muito agradável) já provou um pastelzinho de feira. Aquele pastel fresquinho, feito na hora, gostinho novo, excelente para o seu “paladar aguçado”.
Mas também vale ressaltar que não há nada como o seu churrasquinho de domingo, tradicional, que você já sabe o gosto de cor e salteado, mas nunca enjoa de comer. E muitos homens sonham com a oportunidade de, um dia, poder comer o seu churrasquinho como prato principal e logo após, em seguidinha, o seu gostoso e fresquinho pastel. Chega a dar água na boca...
Agora, uma coisa que nunca um homem imagina, nessa conversa, é de fazer um churrasco com os amigos...

Outros Olhos

Outro dia estava conversando comigo mesmo, sabe aquelas conversas com o seu “eu interior”, e cheguei a conclusão que sou apaixonado por mulheres que usam óculos. Mas não todas. Existem mulheres que simplesmente nasceram para usar óculos. Outras nem tanto. Imagine (ou tente imaginar) a Marília Gabriela sem óculos. Ela é, sem dúvida, uma das mulheres que fazem dos seus óculos um charme pessoal. O jeito, a classe com que ela coloca seus óculos me deixa vidrado. Ela simplesmente é a melhor dentre as mulheres no quesito. Acho que agora entendo o porque do Gianechini ter sido tão apaixonado por ela. Eu também seria se a visse diariamente, colocando e tirando seus lindos óculos. É esse tipo de mulher que estou falando, aquelas em que os óculos fazem parte da pessoa, ou como diria um amigo meu, “os óculos são parte da personalidade de uma mulher”.
Usar óculos com estilo, como a Gabi, é coisa para poucas mulheres, pois até me atrevo a dizer que os rostos destes exemplares femininos foram moldados para usarem óculos. Agora, assim como para algumas os óculos ficam maravilhosos, em outras ele mais parece um corpo estranho. Muitas usam estes novos óculos, meio quadrados, e não tem nada a ver com os seus rostos. Outras usam aqueles meio antigos, igualmente fora da geometria do seu rosto.
Por isso, mulheres e óculos devem se completar, um ser parte do outro, como se um não pudesse viver sem o outro. Já conheci várias mulheres que enquanto usavam óculos eram lindas, maravilhosas... Mas assim que o tiravam, seus olhos miudinhos assustavam, e toda aquela beleza acabava. Assim como também já conheci mulheres interessantíssimas, corpo bem desenhado, daquelas que parecem modelos, mas quando olhava o rosto delas sentia a falta de algo: os óculos. E aí ficava a imaginar como seriam estas mulheres de óculos. Algumas poderiam ficar lindas, mas em outras não achava nenhum capaz de se adaptar ao seu rosto. E para mim, estas mulheres passavam a ser menos atraentes.
Tem também o fato de uma mulher de óculos parecer mais comportada, ter aquele jeito de estudante... e todo homem tem uma “fantasia” com as estudantes. Pode parecer besteira, mas é a mais pura verdade. Todo homem que se preza já sonhou com uma mulher vestida de estudante, estilo a Kelly Key naquele clip dela, com óculos, inclusive. Assim, pode se dizer que grande parte dos homens tem um “fetiche” por mulheres estudantes, logo, pelos seus óculos também.
Mas isso não quer dizer que as mulheres devam se desesperar, e chegar em casa dizendo: vou botar óculos... Não é bem assim, em primeiro lugar precisa analisar seu rosto pra ver se ele aceita óculos, se tornando parte um do outro, como a unha e a carninha debaixo dela, que quando se separam fazem correr lágrimas dos olhos. A mulher de óculos é assim, quando está sem seu adorno facial, faz correr lágrimas dos olhos de muitos marmanjos. Inclusive dos meus.

Beijos

Resolvi falar sobre o beijo, a mais antiga forma de demonstração afetiva entre duas ou mais pessoas. Um beijo envolve toda uma significação, uma preparação do corpo para dar e receber afeto. Nada é como o primeiro beijo entre duas pessoas. Todo aquele clima, aquela expectativa, que pode ser ou não realidade. Tudo depende do beijo.
Sejamos realistas. Quantos relacionamentos já devem ter acabado por causa do beijo? Ou começado pelo primeiro beijo? É realmente algo para se pensar. Imaginamos a seguinte cena: um jovem casal encontra-se na Inglaterra antiga, em um dos bailes reais. Toda aquela dança, a conquista, a sedução por parte do homem, a pureza por parte da mulher. Então, os dois enamorados fogem sorrateiramente para um encontro no jardim do palácio. Sob a luz do luar os pombinhos trocam seu primeiro beijo. Um desastre. Ele tem mau-hálito, ela não sabe o que fazer, e o que era para ser um conto de fadas, ou no mínimo um filme ganhador de Oscars, acaba por causa do beijo.
Vamos agora a uma outra cena: baile funk carioca, favela da Rocinha, Brasil da atualidade. Entre todas as atividades ilícitas praticadas neste local, balas perdidas cruzando o salão de festa, dois jovens atraentes se encontram. Depois de um breve olhar, os dois se lançam à um beijo caliente como o mais romântico das novelas. Tudo perfeito, apesar das adversidades enfrentadas, e os dois apaixonam-se. Casam-se e procriam-se. Uma vida começada por um bom beijo.
Recentemente li em um jornal que a atriz fenomenal Juliana Paes não usa beijo técnico. Ela sempre beija como na vida real. Quantos atores já não viram-se tontos diante da beleza da atriz global e do seu beijo natural, sem truques da telinha? Imagino-me ator, beijando ela. Sairia de cena no mínimo babando. E apaixonado.
O beijo é mais intimo que o próprio sexo. Prova disso é que as moças que trabalham na noite não beijam seus clientes. “Muito íntimo”, dizem. Mas a verdade é que elas podem encontrar um beijo apaixonante, e a elas não se permite apaixonar. É a vida.
Mas nem tudo está acabado. Acabo de ver no jornal que o Governo Federal lançou uma cartilha sobre o beijo. Preparam-se jovens de outros países: logo, logo o Brasil será o país do melhor beijo do mundo. Ensinado por cartilhas. Afinal, o beijo é também uma linguagem universal. A linguagem do amor.