terça-feira, 15 de julho de 2008

Elevadores...

Tenho medo de elevadores. Pronto, falei. É sério, não estou fazendo onda, cada vez que entro num elevador fico tenso. Não sei o porquê, acho que tenho medo que ele caia, talvez um medo de ficar preso dentro dele, ou talvez pense que são naves alienígenas prontas para nos levar para Marte... Está bem, exagerei, mas é mais ou menos isso...
Mas como tudo na vida tem seu lado bom, penso também em como seria ficar preso no elevador com aquela vizinha do andar de cima, loira, corpinho escultural, tudo em cima, e ela apavorada abraçando-se em você para se proteger... Mas, e há sempre um mas em tudo, penso em como seria no meu caso. Aquela vizinha, a mesma, e de repente o elevador pára. Quando ela pensar em se proteger em mim, estaria eu agachado, tremendo de medo... Acho que não deixaria uma impressão muito boa.
Então resolvi enfrentar meu medo. Entro em todos os prédios que possuem elevadores, inclusive esses modelos novos, que para mim são supersônicos, tal a velocidade com que sobem e descem, até os mais antigos, que cada vez que alguém entra range que nem porteira velha. E tenho inclusive testado uma das minhas teorias, de que se você está acompanhado no elevador o medo é menor. No meu caso é. Quando estou sozinho no elevador, sem ninguém para conversar, fico escutando uns estalos que nunca descobri de onde vêm, e parece que já vai desmoronar tudo, e já imagino as manchetes dos jornais no dia seguinte: “Jovem despenca em elevador. Causa desconhecida”. Dá medo.
Um dia, por mais embaraçoso que fosse, entrei em um elevador do prédio do meu médico, e ao me dar conta que estava sozinho, segurei a porta aberta até aparecer alguém que pudesse entrar. Ninguém no prédio. Vem o guardinha da recepção e pergunta se estou com algum problema. Tenho. Medo. Pavor. Pânico. Mas digo que não, aperto o andar desejado e mais uma vez parto na nave alienígena para enfrentar meu medo. Sem perspectivas de vitória.

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