quinta-feira, 19 de julho de 2012

A ti...


Prezada senhorita.

Venho através dessas mal escritas linhas dizer-lhe que sinto saudades. Digo-lhe, também, que a cada sorriso seu sinto como se minhas pernas fossem formadas única e exclusivamente de gelatina. Que a cada olhar que me direciona, percebo o quão lindo pode ser mirar nos olhos de um anjo. Percebo também, senhorita, que por mais que eu seja sabedor da impossibilidade de ter você comigo, anseio e desejo isso a cada dia mais.
Quando sinto o cheiro de seus cabelos, sedoso como a mais macia das plumas do pássaro mais lindo e delicado do mundo, sou transportado para um mundo distante, onde posso ter você em meus braços e assim fico durante muito tempo. Quando toco seu corpo sinto o calor de um vulcão em erupção tomando conta de mim, e imagino como seria ter você durante meus dias.
Seu sorriso então, adorável donzela, é quase um amanhecer com o sol iluminando campos e montanhas e vales, com flores sendo acordadas suavemente, sem pressa. Sua voz faz-me recordar dos sons das liras angelicais, tal beleza transporta e empresta a quem tem a sorte de ouvir-te.
Após tantas palavras soltas ao vento, deves estar perguntando-te: quem deu-me o direito de ousadamente falar coisas assim a teu respeito? Respondo-lhe que não me foi dado este direito, mas não acho que seria correto ter dentro de mim tão belo sentimento e sufocá-lo por medo de respostas.
Peço-lhe, senhorita, que ao ler tão mal escritas linhas, lembre de tudo de mal que outros jovens apaixonados causaram-lhe, e lembre-se que estou aqui para, de um jeito que espero ser o correto, ajudar-te a curar suas feridas e, quiçá, ter desenvolto por mim um sentimento recíproco.
Despeço-me, jovem e linda senhorita, com desejos de logo avistá-la e continuar abastecendo meu amor secreto com seus sorrisos, abraços, gestos e palavras. Peço a Deus e aos anjos colegas seus que a cuidem e zelem enquanto longe estou para que eu ainda tenha onde viver. Pois enquanto cuidam de tua vida, mesmo sem saber, cuidam também de meu mundo inteiro.

Beijos do teu Rogério Vargas