segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Carros e mulheres...


Bueno, eis que hoje ia esse pobre escritor pelas ruas erechinenses, pensando em sua vidinha, quando pensou algo no mínimo estranho: carros e mulheres tem tudo a ver, de acordo com o pensamento masculino. O homem escolhe a mulher assim como escolhe o carro, de acordo com o seu interesse, com a sua maturidade.
Explicarei. Um homem, quando novo, ainda criança, tem no carrinho um brinquedo, assim como tem na vizinha uma parceira para brincar. Nada mais que isso, totalmente inocente. Um pouco adiante, na adolescência, o homem começa a ver no carro um encanto, um desejo de ter, mesmo sem saber o que fazer direito. E vale o mesmo com as mulheres.
Após isso, vem a parte mais interessante da história. O homem, no alto dos seus 20 anos, deseja um carro potente, tunado, todo cheio de parafernália que deixa os amigos com inveja. E é assim com a mulher que deseja, quer a mais gostosa, a mais linda, a que todos os outros desejam.  Não importa a segurança, a estabilidade, nada. Importa apenas o exterior, a potencia, o prazer que pode causar ao dono ou companheiro.
Quando mais bonito o exterior, mais desejado. Quanto mais potencia na traseira, com o perdão do trocadilho, melhor ainda... sabe aquele desejo pelo bonito, pelo status, pela “moral” com os amigos? É isso que move esses garotos, que pensam apenas no momento, e nada mais.
E então vem a transição. Ou melhor, o homem começa a pensar. Do que adianta um carro bonito, todo tunado, ajeitadinho, se ele não é econômico? Se tudo o que ele ganha vai para sustentar o dito cujo? E ele começa a ver que talvez aquela versão mais econômica, tão atraente quanto, mas sem todos os acessórios, pode muito bem dar conta do recado.
E então, ele finalmente atinge a maturidade. O que ele deve realmente procurar em um carro, e em uma mulher, é a estabilidade. A segurança. O conforto. É aquele sentimento de que pode acontecer o pior dos acidentes e ele ainda assim vai te proteger, vai se quebrar todo, se amassar completamente, mas vai te cuidar. Não vai deixar qualquer coisa te machucar. Isso sim é um carro certo, perfeito. E isso sim é a mulher perfeita.
Aquela que mesmo com tudo dando errado, está ao seu lado. Que mesmo com tudo desmanchando, está com você. Ela é seu carro-forte. Seu porto seguro. É, enfim, sua mulher. Sua companheira. Sua alma gêmea.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Admito...


Hoje venho admitir que meus dias não mais são os mesmos sem você. Que sinto sua falta a cada passo que eu dou. Que minhas noites não são as mesmas sem você. Que apenas quando sinto teu gosto sou mais feliz. Que quando tenho você em minha vida, sinto como se fosse explodir de tanta felicidade.
Sim, admito que és mui difícil viver sem você. Não sei mais disfarçar, e quando passo em algum lugar e te vejo, não consigo tirar os olhos. E parece que você também me olha, me deseja, anseia pelo meu toque, mas sei que isso não é verdade. Oh céus, bendita sina que carrego, de ter minha vida entregue à você, sem nem mesmo saber o que você pretendia comigo.
Os primeiros dias sem você foram os mais difíceis. Admito que chorei, e muito. Admito que procurei outras formas de saciar meu desejo, para ver se conseguia esquecer-te, mas de nada adiantou. Perambulei durante noites e dias, para tentar tirar você da cabeça, mas em todo lado que olhava eu só via você, e meu desejo aumentava e crescia e multiplicava...
É difícil, muito difícil, abandonar quem nos faz tão bem. Quem nos arranca os melhores sorrisos. Quem nos propicia os melhores momentos. Sabe, ainda lembro do primeiro dia que provei teu gosto, e nunca mais esqueci. Mas, como tudo na vida acaba, nosso relacionamento chegou ao fim também, minha família não gostava, meus amigos lhe desejavam, e os ciúmes deram um fim a tudo isso.
Mas saiba, eu nunca te esqueci. E provavelmente nunca esquecerei. Pois você foi o que de melhor me aconteceu. Se um dia puder ter você novamente aqui, serei o homem mais feliz do mundo. Pois você, minha amada Cerveja, és o que me fazia cantar e assobiar cantigas alegres a cada volta de festa...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Eu...


Às vezes eu penso que sou a pior pessoa do mundo sabe? Sei lá, alguma versão mal acabada de uma pessoa que tinha tudo pra ser boa, mas no fim virou isso. Eu sou chato, implicante, irrito demais as pessoas, estou sempre brincando e dificilmente levo alguma coisa a sério.
Por muitas vezes, prefiro perder um amigo, mas não perder uma piada. Sou exigente, sou cabeça-dura, sou atrapalhado, confundo os sentimentos, não apenas os meus, mas o das outras pessoas também. Sou preguiçoso, sou dorminhoco, sou desorganizado.
Aliás, em matéria de desorganização eu devo ser PHD. Sinto que às vezes posso ser muito possessivo. Sou excessivamente carente, sou dependente, me faço de vitima por muitas vezes. Sou o oposto do correto, o contrário do melhor que se pode esperar.
Mas sou sincero sabe. Gosto de falar o que penso e sinto, e gosto de demonstrar isso. Sou romântico, ao extremo, e gosto que saibam disso. Sou sonhador, impulsivo, e também espero que sintam isso. Sou o cara que faz 80 km se preciso, para ver uma pessoa importante. Que liga umas 20 vezes para conseguir ouvir um “alo” que se faz necessário.
Sou carinhoso, sou caseiro, odeio traições, falsidade, mentiras e coisas do gênero. Sou difícil, muito difícil de lidar. E às vezes sou extremamente previsível. Sou simples, mas não tolero atrasos. Nem os meus. Gosto de ser surpreendido, mas mais ainda de surpreender.
Sou esse cara que seria capaz de gritar ao mundo inteiro o nome da pessoa que está ao seu lado, ou de falar para todos o quanto ela é importante. Não tenho problemas com isso. Sou o tipo de cara que você terá vontade de, ao mesmo tempo, matar a abraçar. Sou assim, não nego.
Mas hoje, exatamente hoje, eu desejava não mais ser assim. Pois algumas perdas não podem ser medidas, somente sentidas...