segunda-feira, 30 de maio de 2011

Fazem muita falta...

Terça-feira, 30 de maio de 2011. Hoje, mais do que nunca, sinto falta de pessoas essenciais na minha vida. Talvez por estar ouvindo músicas que me levam a nesse estado ficar. Mas talvez porque, a cada dia que passa, vejo como algumas pessoas são realmente importantes em nossa vida.
Meu pai. Um homem sério, mas que quando resolve ser engraçado, o faz como ninguém. Seus cabelos grisalhos, castigados pelo tempo, são meu maior exemplo de vida. Trabalhador, justo, mas acima de tudo um grande pai. Quando cometia falhas, nunca me castigava com surras ou castigos, mas o silencio que ele me desprendia me ensinou mais do que mil palavras. Poucas vezes o vi chorar, mas nessas poucas vezes me senti impotente por não poder fazer com que ele, meu pai, pudesse parar de chorar. Apesar da pouca distância, a falta que sinto dele me afeta demais.
Minha mãe, meu orgulho. Aquela pessoa que sempre tem as palavras certas, na hora certa. Apoio incondicional, mesmo que contra a sua vontade. Nunca vou esquecer do dia em que saí de casa, e ela, com os olhos marejados, me desejou boa sorte. Mesmo tendo dentro dela uma vontade gigante de me pedir para ficar, ela me deu apoio total. Quando contei que viria morar em Passo Fundo, lembro bem de sua expressão, como que dizendo “não vá”, mas ainda assim me apoiou. Me ajudou. Quando, há algumas semanas, eu senti meu mundo desmoronando, ela estava ao meu lado. Me deu o abraço mais carinhoso que poderia receber. Me ligou diversas vezes, sempre me lembrando o quanto me amava, e foi dela que tirei forças para estar aqui hoje. Minha mãe, talvez não a melhor do mundo inteiro, mas a melhor do meu mundo, sua falta me afeta a cada segundo de vida.
Meus irmãos, Rodrigo e Ricardo. Tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais. Enquanto um é mega extrovertido, o outro é mega calado. Enquanto um é colorado, o outro é gremista. Enquanto um empilhava conquistas femininas, o outro se dedicava ao máximo para cada mulher em sua vida. E mesmo sendo tão diferentes, me deram o mesmo: momentos inigualáveis de alegria e diversão, cada qual com sua maneira. Exemplos, conselhos, dicas, enfim, tudo o que irmãos mais velhos podem fazer deles eu recebi.
Meus sobrinhos, Júlia e Gabriel. A Julinha, minha primeira afilhada, que a cada visita minha à casa da minha mãe me recebe com uma alegria que poucas vezes vi. E o Gabi, que ao me ver só quer saber de chutar bola e brincar. Dois pequenos anjos, que iluminam o dia de qualquer pessoa que por eles tenha a grata surpresa de passar. Embora não entendam direito o que é saudade, o dia que entenderem saberão como dói ficar sem ver seus sorrisos diariamente.
Trixie. Para quem não sabe, essa é minha cachorra. Uma poodle branca, que há cinco anos me empresta um amor incondicional. Nesses cinco anos, todos meus momentos de tristeza e desilusões foram compartilhados com ela. Aquela correria a cada vez que eu entrava em casa, pulos no meu colo, o sono aos meus pés, roncos, pedidos de comida durante minhas refeições, mas, acima de tudo, aquele afeto que apenas um cachorro pode demonstrar. Tudo isso eu recebia dela, e a falta que ela me faz aqui é gigantesca. Ao ponto de as vezes escutar seu latido durante a noite. Falta, muita falta...
Meus amigos. Grandes pessoas, grandes exemplos. Não citarei nomes para não cometer injustiças, mas creio que alguns deles não podem ficar de fora. Rodrigo, grande parceiro há mais de 13 anos. Ronsoni, meu “irmão” desde 2005. Alana, menina que a cada dia passa a ser mais importante em minha vida. Aline, loira que sempre consegue me fazer sorrir. Lara, o “xuxu” que me faz gargalhar após a meia noite. Thami, com seus pedidos de conselhos. Paula, talvez a melhor amiga-distante que se possa ter. Vocês, meus grandes amigos, têm feito muita falta em minha vida, e seus conselhos tornam-se cada dia mais necessários.
Ela. Não vou citar nome, mas creio que ela vai saber quem é. A cada manhã, meu peito se enche de esperança de ter ela novamente em minha vida, mas a cada anoitecer essa esperança praticamente se acaba. Seu abraço, suas palavras de carinho, sua presença em minha vida se tornaram escassos, e tal qual um deserto padece da falta d’água, eu padeço dela. Quando Deus decidiu tirar ela de minha vida, talvez ele não sabia que junto levara minhas esperanças e sonhos. O apoio que ela dispensava para que eu pudesse realizar minhas loucuras, o carinho com o qual ela me recebia, e a forma angelical com que me olhava me fazem muita falta. O tempo é o melhor remédio, todos sabemos, mas o que poucos sabem é que cada segundo sem coisas necessárias em nossas vidas podem ser mais duros que horas e dias. A falta dessa pessoa em minha talvez seja a mais sentida, mas também é a que mais sinto merecer. E isso é o que realmente machuca...

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